Morte num Cavalo Pálido

Intervenção na obra de William Turner

2010 © Luís Carvalho Barreira

Morte num Cavalo Pálido

 

cerro os olhos

para melhor ver

os espaços vazios do silêncio

 

braços estirados

em drapeadas velaturas

formas submissas derramadas

sobre o dorso esmaecido

a Morte chegou num Cavalo Pálido

assombração advinda

de reverberações tumultuosas

descobertas pelo rasgar da espátula

e pela a inquietação do génio

 

fecho os olhos

para melhor sentir

o lugar preenchido de poesia


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